PROJETO
Desafios à inclusão digital
Problematização:
A inserção das tecnologias na formação de professores através do Projeto UCA.
Objetivo geral:
· Incorporar as tecnologias de Informação e Comunicação nos processos educativos.
Objetivos específicos:
· Ter implicações que ultrapassem os muros de uma sala de aula.
· Quebrar os paradigmas impregnados durante o contexto histórico da educação mediante as tecnologias.
· Criar uma oportunidade ímpar para a estruturação de novos cenários pedagógicos.
Desenvolvimento:
A inserção das tecnologias na formação de professores através do Projeto UCA; despertaram o interesse do grupo em buscar e ampliar o conhecimento no aprendizado das tecnologias educacionais.
Pois consideramos que a inclusão digital está cada vez mais presente no cotidiano da sala de aula e tornam-se imprescindível os professores se adequarem a essa nova realidade, para equilibrar e enriquecer a convivência diária entre educando e educadores.
Vivemos em um cenário sociocultural que afeta e modificam nossos hábitos, nossos modos de trabalhar e aprender, além de introduzir novas necessidades e desafios relacionados à utilização das novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Os computadores começam a se fazer presentes em todos os lugares e, junto às novas possibilidades de comunicação, interação e informação advindas com a Internet, provocam transformações cada vez mais visíveis em nossas vidas. Ninguém sabe tudo. De um lado, sempre se pode ensinar algo a alguém, de outro, as tecnologias nos trazem a oportunidade de poder aprender com os outros, próximos ou distantes de nós. (Introdução à Educação Digital – Guia do Cursista, p.12).
Tudo isto promove o desenvolvimento da autonomia no uso e aprendizado significativo das tecnologias digitais. Enquanto não se conseguir nas pessoas esta capacidade de aprender autônoma e cooperativamente, toda a promessa revolucionária que a tecnologia da informática gerou não vai passar de um sonho, e a realidade pode piorar, à medida que o desenvolvimento tecnológico acentue a distância cultural entre as pessoas.
Atualmente são tantas e tão variadas às formas em que o computador se faz presente, que sua interferência alcança mais do que podemos conscientemente perceber, deve ser visto como um auxílio nas tarefas e aprendizado diários.
O computador no cotidiano de uma parte de nossa sociedade atravessa os muros da escola, trazendo-nos possibilidade de decidirmos o que conhecer e como interferir no processo apresentado nas telas e, também, dialogar com pessoas com quem talvez nunca cheguemos a ter um contato pessoal, provocando novos tipos de relações sociais e virtuais. (Alves, 1998c: 1).
Os desafios são imensos, às vezes parecem impossíveis de serem superados, mas são nestes desafios que tanto nos ameaçam no dia a dia que também encontramos as grandes oportunidades para as mudanças da inclusão digital.
Portanto para incluir uma pessoa digitalmente não basta apenas “alfabetizá-la“ em informática, mas sim fazer com que o conhecimento adquirido por ela sobre a informática seja útil para melhorar seu quadro social.
Tendo que reorganizar sua prática do trabalho escolar, sendo preciso incentivar e priorizar a pesquisa, associar teoria e prática, utilizar métodos educacionais adequados a nova realidade social e tecnológica.
As novas Tecnologias de Comunicação e Informação enriquecem a prática pedagógica, mas não falam por si sós. O professor deve ser responsável por essa incorporação, para que possa realizar um trabalho de qualidade, onde será necessário refletir acerca dos seus próprios paradigmas
Esse novo paradigma exige uma nova postura do professor e da escola, tendo a necessidade de mudar as formas de ensinar, de rever o papel do professor e do aluno, de ter nova visão da escola e da sala de aula, de se portar diante das novas tecnologias e de encarar a educação e sua função social com maior abrangência. Segundo Sampaio, (1999, p. 15) “O papel da educação deve voltar-se à democratização do acesso ao conhecimento, produção e interpretação das tecnologias, suas linguagens e conseqüências”.
O professor precisa estar preparado para atuar pedagogicamente com as novas tecnologias na escola. Essa preparação passa pelo rompimento do velho paradigma e pela aceitação e incorporação de um novo modelo.
É por meio da educação que teremos condições, enquanto indivíduos, de compreender e de situar na sociedade contemporânea, enquanto cidadãos partícipes e responsáveis. E as novas tecnologias devem ser compreendidas como elementos mediadores para a construção de nova representação da sociedade.
“A consciência do mundo e a consciência de si como um ser inacabado necessariamente escrevem o ser consciente de sua inclusão num permanente movimento de busca [...] (Freire, 1999, p.64).
É com uma educação centrada no “sujeito coletivo” que reconhece a importância do outro, a existência de processos coletivos de construção do saber e a relevância de se criar ambientes de aprendizagens que favoreçam o desenvolvimento do conhecimento interdisciplinar, da intuição e da criatividade para que possamos receber o legado natural de criatividade existente no mundo e oferecer a nossa parcela de contribuição para evolução da humanidade.
Partindo do pressuposto de que o trabalho com projetos de pesquisa pode favorecer o processo de reconstrução da escola, onde a formação do sujeito crítico é o objetivo central ao se comprovar que os recursos da informática podem servir para o desenvolvimento do ato de pesquisar, conclui-se que o uso dos computadores pode favorecer o desenvolvimento da cidadania. [DEMO,1997,p.33].
O município de Santa Carmem, sendo um dos contemplados com o Projeto UCA (um computador por aluno). Vem preparando o seu corpo docente para implantação das ferramentas computacionais na prática educacional.
É nessa perspectiva que o Projeto UCA, vem através de seus tutores dando suportes teóricos e práticos para a capacitação com intuito de estarmos explorando os novos ambientes de ensino-aprendizagem, e desta forma passar a refletir nossas práticas.
O professor representa a base de todo o trabalho. Sem o seu envolvimento, pouco se pode realizar. É preciso estudar, ter iniciativa, e aprender executar refletir sobre o aprendido. Modificar o que for necessário. Exige-se, nesse processo, abertura, ousadia, colaboração e dedicação [...]. É ele quem orienta as investigações dos alunos, incentiva o modo como cada aluno constrói o seu próprio conhecimento [...]. O professor envolve-se em um processo que o mobiliza internamente: aprender uma coisa nova leva-o a instaurar um diálogo consigo mesmo. Aprender, atuar com os alunos, analisar sua ação pedagógica e modificá-la permite-lhe, com o passar do tempo, desenvolver uma metodologia de trabalho própria constantemente aberta a novas reformulação (freire, 1998, p.60).
CONCLUSÃO
No nosso contexto atual o computador torna-se uma ferramenta individual, dá suporte imediato e auxilia na elaboração de nosso próprio trabalho. Desenvolvendo atividades significativas que refletem sobre diversos temas que façam parte de nossa realidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREIRE, F. M. P.; PRADO, M. E. B. B.; MARTINS, M. C.& SIDERICOUDES, O. (1.998). “A implantação da informática no espaço escolar: questões emergentes ao longo do processo”. Revista Brasileira de Informática na Educação, Santa Catarina, n. 3,PP.45-62, set.
PEDAGOGIA DE PROJETOS. Material desenvolvido pelo Núcleo de Informática Aplicada à Educação da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Material disponível em: <www.modle.ufba.br/.../Pedagogia_de_projetos/Pedagogia_ de_projetos_.rtf>.
SUZUKI, JULIANA TELLES FARIA Tecnologias em educação: pedagogia/ Juliana Telles Faria Suzuki, Sandra Regina dos Reis Rampazzo. _ São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.
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